História
A ocupação militar da Indonésia em Timor-Leste fez com que o território se tornasse a 27.ª província indonésia, chamada "Timor". Uma política de genocídio resultou num longo massacre de timorenses. Centenas de aldeias foram destruídas pelos bombardeios do exército da Indonésia, sendo que foram utilizadas toneladas de nasale contra a resistência timorense (chamada de Falintil). O uso do produto queimou boa parte das florestas do país, limitando o refúgio dos guerrilheiros na densa vegetação local.
Entretanto, a visita do Papa João Paulo II a Timor-Leste, em Outubro de 1989, foi marcada por manifestações pró-independência que foram duramente reprimidas. No dia 12 de Novembro de 1991, o exército indonésio disparou sobre manifestantes que homenageavam um estudante morto pela repressão no cemitério de Santa Cruz, em Díli. Cerca de 200 pessoas foram mortas no local. Outros manifestantes foram mortos nos dias seguintes, "caçados" pelo exército da Indonésia.
Em 1999, os governos de Portugal e da Indonésia começaram, então, a negociar a realização de um referendo sobre a independência do território, sob a supervisão de uma missão da Organização das Nações Unidas. No mesmo período, o governo indonésio iniciou programas de desenvolvimento social, como a construção e recuperação de escolas, hospitais e estradas, para promover uma boa imagem junto aos timorenses.
Desde o início dos anos 90, uma lei indonésia aprovava milícias que “defendessem” os interesses da nação, no Timor-Leste, o exército indonésio treinou e equipou diversas milícias, que serviram de ameaça contra o povo durante o referendo.
A ONU decide criar uma força internacional para intervir na região. Em 22 de Setembro de 1999, soldados australianos sob bandeira da ONU entraram em Díli e encontraram um país totalmente incendiado e devastado.
Grande parte da infra-estrutura de Timor-Leste havia sido destruída e o país estava quase totalmente devastado. Xanana Gusmão, líder da resistência timorense, foi libertado logo em seguida.
Em Abril de 2001, os timorenses foram novamente às urnas para a escolha do novo líder do país. As eleições consagraram Xanana Gusmão como o novo presidente timorense e, em 20 de Maio de 2002, Timor-Leste tornou-se totalmente independente.
Em 2005, a cantora colombiana Shakira gravou uma música-protesto intitulada de "Timor". A música, escrita e composta pela cantora, fala de como a comunicação social ocidental deu importância ao caso da independência de Timor-Leste há alguns anos, e como agora essa mesma comunicação social, televisões e rádios já não se interessavam por este país.
Em 2006, após uma greve que levou a uma demissão em massa nas forças armadas leste-timorenses, um clima de tensão civil emergiu em violência no país. Em 26 de Junho o então primeiro-ministro Mari Bin Amude Alcatife deixou o cargo, assumindo interinamente a coordenaria ministerial José Ramos Horta, que, em 8 de Julho, foi indicado para o cargo pelo presidente Xanana Gusmão, pondo termo ao clima vigente.
A situação permanece razoavelmente estável devido à intervenção militar vinda da Malásia, Austrália, Nova Zelândia e à pressão política e militar de Portugal que tenta apoiar Timor-Leste no seu desenvolvimento.
Política
O Chefe de Estado do Timor-leste é o Presidente de Timor-Leste, que é eleito pelo voto popular para um mandato de cinco anos. Embora o papel seja largamente simbólico, o presidente não tem poder de veto sobre certos tipos de legislação. Após as eleições, o presidente designa o líder do maior partido ou coligação maioritária como o Primeiro-Ministro de Timor-Leste. Como chefe do governo, o primeiro-ministro preside a Conselho de Estado ou de governo.
O parlamento de câmara única é o Parlamento Nacional ou Parlamento Nacional, cujos membros são eleitos pelo voto popular para um mandato de cinco anos. O número de bancos pode variar entre um mínimo de 52 um máximo de 65, embora excepcionalmente tenha 88 membros, actualmente, devido a este ser o seu primeiro mandato.
A Constituição timorense foi decalcada da de Portugal. O país ainda está no processo de construção da sua administração e instituições governamentais.
Economia
Economia
O investimento secular de Portugal na sua ex-colónia não foi suficiente para a desenvolver adequadamente, tendo esta permanecido pobre até aos nossos dias. Foram, no entanto, construídas algumas infra-estruturas de saúde, ensino e transportes depois da Segunda Guerra Mundial.
O comércio de sândalo, uma das principais mercadorias do território perdeu importância e a sua única fonte de rendimento passou a ser uma modesta produção de café. A contribuição dada pela Indonésia na construção de infra-estruturas foi superior ao de Portugal, apesar de corresponder também a interesses próprios, como o do transporte mais rápido das tropas ou da absorção sociocultural indonésia e descaracterização da cultura própria timorense.
No entanto, grande parte das edificações foi destruída pelas milícias pró-indonésias no período que se seguiu à declaração de vitória dos independentistas: bancos, hotéis, escolas, centros de saúde, etc.
A já débil economia timorense foi completamente arrasada, tendo ficado dependente totalmente da cooperação internacional para a sua reconstrução.